segunda-feira, 26 de julho de 2010

6ª Etapa - Espiritualidade e Mística - Tarefas da 5ª etapa

Tarefas para a próxima etapa


1. Organizar as apresentações sobre os personagens históricos (Isso para quem ainda não apresentou a tarefa da 4ª Etapa – Sociologia e protagonismo Juvenil).

2. Trabalho individual - organizar e apresentar de alguma forma o tema da 5ª Etapa (Afetividade e Sexualidade) – (Tempo da apresentação no máximo 3 minutos. Pode ser em forma de: música inédita, paródia, poesia, redação, desenho, teatro, etc...)



3. Trazer fantasias para a confraternização.( Tema: Folclore - prêmio para melhor fantasia: Uma tele mensagem para os DDDs 49-47-42.)



Próxima Etapa

Tema: Espiritualidade e Mística.
Data: 21 e 22 de Agosto de 2010
Local: Centro de Formação João Paulo II – Castelhano em Caçador.
Assessoria: Moacir Caetano da Silva


Serviços para a próxima etapa

1. Oração Inicial: Irineópolis
2. Oração da noite do sábado: Nossa Senhora da Rainha
3. Celebração de domingo 7h15min: Fraiburgo
4. Envio: Catedral - Caçador
5. Oração antes das refeições: Seminaristas
6. Animação: Três Barras
7. Secretária: Bruna - I.E.C
8. Ambientação: Coordenação
9. Lembranças: APAFEC
10. Confraternização: Cristo Redentor

quinta-feira, 8 de julho de 2010

6ª Etapa - Espiritualidade e Mística

Destaques para os eixos: Seguimento de Jesus Cristo, O Divino no Jovem, Liturgia, Religiosidade Popular e Missão Jovem.
Local: Caçador - Centro de Formação João Paulo II.
Data: 21 e 22 de agosto de 2010.
Horários: Início 8h de sábado e término às 16h de domingo.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

JUVENTUDE QUE LUTA UNIDA

Podemos considerar a juventude como uma fase (ou idade) da vida humana ou como uma categoria social.Como fase a juventude é a passagem entre a infância e a considerada vida adulta: idade que inicia na puberdade e termina de acordo com a cultura de cada tempo e lugar, por exemplo, com o casamento, com o auto-sustento, entre outros, ou que vai dos 15 aos 24 ou 29 ou 32 anos (aumenta cada vez mais na medida em que faltam postos de trabalho na sociedade).Como categoria social historicamente construída juventude é o movimento (ou onda) de cada época social determinada por como os jovens são identificados, como eles se auto-conhecem e por qual é o papel deles (desafios ou tarefas) na sociedade vigente.
1. Onde e como está (contexto)
Atualmente, conforme o censo demográfico (IBGE 2000), no Brasil temos 47,9 milhões de jovens de 15 a 29 anos e, desses, uma “minoria” de 8,6 milhões de jovens brasileiros estão no campo, sendo 4,59 milhões de homens e 4,01 milhões de mulheres. Este número aumenta quando somamos a ele os “jovens urbanos” dos pequenos municípios que trabalham na roça, no campo. Os jovens que vivem no campo e do campo moram em um lugar e tem uma cultura, uma cara. Não existe apenas como uma juventude homogênea ou a juventude camponesa. Há várias juventudes camponesas: jovens descendentes de imigrantes europeus; jovens caboclos; jovens indígenas; Jovens negros; jovens que moram nos vales dos rios; jovens que moram na roça e trabalham em fábricas, entre outras. E existe o olhar do jovem e o olhar do adulto. Vamos procurar olhar como os jovens percebem.No campo (roça) a juventude está, na sua maioria, ainda marcada pela sociedade patriarcal hierárquica (pai patrão). Por isso o jovem se percebe como alguém submetido a um outro (o pai, o presidente da comunidade) e que só faz o que “alguém” manda (no máximo opina). Em casa, talvez ganhe um cantinho de terra para “brincar” de roça, além de ajudar no resto. E, quando rompe, saindo de casa, deixa de ser percebido como jovem. Sabemos que nem todas as famílias são assim.Quando é a jovem a situação fica ainda mais delicada porque não se rompeu ainda a divisão sexual do trabalho (meninas ajudam a mãe na casa e no entorno e se faltam meninos, ajuda na roça) e permanece uma relação não clara com a terra (ainda existe a idéia de que a terra, se ainda der para ser dividida, é para os homens, a mulher ou consegue pelo casamento ou vira professora, por exemplo) e as corajosas vão acampar (as vezes precisam ter um filho para criar para poderem ser cadastradas), porem, são essas que tem uma relação muito mais cuidadosa com a terra, por ter um contato muito mais direto (botar a mão na terra). Quando nos dispomos a ouvir as queixas da juventude eles afirmam, entre outras, que: não são ouvidos; estão em posição de submissão; são cobrados como adultos; são utilizados como mão-de-obra (executar o que adultos planejaram); dizem que confiam, mas ficam de longe cuidando.Neste contexto, muitos jovens saem da terra ou da casa (morada) do pai e vão tentar a vida na roça (trabalhar para outros) ou acampar (aos 18 anos) como forma de conquistar um pedaço de terra, se ali querem permanecer. Mas tendem a sair do campo e migram para a cidade, não porque querem ou a cidade é bonita, mas porque o que esta presente e é pregado pelos meios de comunicação, principalmente, é que na roça a vida é ruim, dificultosa, querem estudar, têm trabalho e não tem renda, ... e com isso, a sociedade capitalista procura tirar o jovem da roça, primeiro em busca de mão de obra e agora para esvaziar o campo: tira a escola, ... Só permanecem no campo os jovens que querem e os que ficam morando na roça e vão diariamente trabalhar na cidade.Há aqueles que querem ficar no campo, pois só se percebem como sujeitos quando estão em contato com a “mãe terra”, com a natureza, e na maioria são jovens homens. E há aqueles que não querem sair do campo, vivem e percebem a contradição entre o agronegócio e a agricultura camponesa, têm mais condições de estudo, têm participação política (participam de alguma pastoral e movimento popular), e estão dispostos, a construir um projeto popular para o campo, baseado na agroecologia e na cooperação, articulado com um projeto popular de sociedade e, entre estes, está crescendo a participação de jovens mulheres. Estes percebem o campo como lugar de vida e não como lugar do agronegócio.Atualmente, neste contexto, o jovem está sendo disputado pela sociedade de consumo, pelo capital para aderirem ao agronegócio, pelos movimentos sociais para empunharem a sua bandeira e serem lutadores do povo, pelas igrejas que querem renovar o rebanho, pela “empresa” de diversão, e assim por diante.
2. Como se organiza
Os jovens e as jovens tendem a se reunir em grupos, nem que seja para comentar o que aconteceu no final de semana passado e o que e como vão se organizar para participar do final de semana seguinte.Eles e elas participam onde de fato decidem, pois os jovens são sujeito de ação social. Precisam fazer parte de uma organização real. Não serve uma organização paralela entendida como um espaço dos jovens onde podem se reunir e prosear (uma “ala jovem”, por exemplo), mas não é um espaço onde eles podem decidir. Nem uma organização onde são tutelados por algum adulto destinado para tal tarefa. Devemos nos perguntar: Qual é de fato a relação de poder que existe nos espaços (família, escola, comunidade de igreja, no movimento popular, ...) onde a juventude camponesa participa?O grupo de jovens é um dos espaços onde de fato há participação, desde que não tutelados. A articulação, como Igreja, entre estes grupos é realizado, no campo, por uma organização criada a 25 anos atrás (em 1983) e dirigida por jovens: a Pastoral da Juventude Rural. Há grupos de jovens que apenas se articulam em nível paroquial. Há jovens que, por opção ou necessidade, fazem parte de organizações do Movimento Social Popular: estão no MST, no MPA, MMC, MAB, Movimento Sindical ou organização sindical que disponibiliza espaço a esses, movimentos da Igreja, ...
3. Desafios (que viram tarefas)
Os jovens e as jovens enfrentam os mesmos problemas do conjunto da sociedade. Por isto devemos fazer frente a problemas objetivos e subjetivos:
· Parar de culpar a juventude por problemas do conjunto da sociedade, tais como: drogas, álcool, sexualidade, consumo. Isto deve ser discutido. Não se resolve pela repressão.
· Superar as visões distorcidas do jovem camponês: a visão romântica (vê o campo como sitio de lazer e o trabalho no campo como “diversão”), a visão “jeca tatu” (vê como atrasado); a visão de que não devem trabalhar (ficam vendo TV e acabam se tornando “mamíferos de luxo”).
· Desmascarar a ideologia de que “a cidade é melhor que o campo” desvelando a diferença das condições de vida no campo e na cidade e desmascarando a desvalorização cultural que estigma o camponês.
· Superar o autoritarismo paterno que gera submissão e não contribui na formação para a autonomia que gera protagonistas(ter ambientes de dialogo, participar das decisões, mulheres e homens tratados do mesmo jeito, decidir o que, como, quando e onde plantar, bem como o destino dos lucros).
· Repensar o papel da juventude na sociedade e sua posição nas relações de sociedade: os jovens e as jovens são sujeitos que agem na sociedade; são presente.
· Perceber o momento de transição (formação): passagem de sujeito parcial, pois o que ele produz é transitório e no espaço delimitado de quem produz, para sujeito político, passando a pensar a sociedade e articulado a ela o campo.
· Lutar por políticas públicas para a juventude camponesa, entre elas: escola básica no campo e do campo; espaços de cultura e lazer nas comunidades camponesas ou rurais; entre outros. Transformar o campo em um lugar bom para viver.
· Parar com a “marcação” sobre a juventude, a saber, com a idéia de que o jovem não é confiável e por isto deve ser vigiado e controlado (por um adulto, é claro) e de que ele se sinta obrigado a “provar algo”, o tempo todo, para o mundo adulto e as instituições, inclusive a Igreja e os Movimentos Sociais


Fonte:http://jovemcampones.spaceblog.com.br/47253/o-que-e-juventude/