quinta-feira, 5 de março de 2015

Sugestão para encontro de grupo de jovens - Reconhecer o Mestre para segui-lo

Este encontro é proposto para ambientes externos, com maior contato com a terra. O material foi inspirado no subsídio para o 11º ENPJ.


RECONHECER O MESTRE PARA SEGUI-LO


Materiais e ornamentação: Construir um caminho e nele colocar palavras e objetos que ajudem a refletir o seguimento de Jesus: escolha, partilha, andanças, sonhos, desafios, encontros... Conter: sandálias, caminho, mochila, bandeira da PJ, galhos secos, pedras, flores... e as tarjetas com as palavras.

Caminhada
Execução: Criar um momento de reflexão para que cada um/a traga presente sua caminhada, onde há dificuldades (sombras) e há luzes quando a palavra e a presença de Deus nos ajudam a seguir nesse caminho rumo a Civilização do amor. A cada leitura será acesa uma lanterna. Conforme segue a caminhada, as lanternas deixadas para trás serão acesas simbolizando que a fé nos iluminou nos momentos difíceis, mesmo que não enxergamos a luz.

INICIANDO O ENCONTRO
Mantra: “O som do teu amor me faz canção. Dança suave luz, em mim, em nós...”

Abertura do ODJ da vigília

Este é um momento de repensar nosso caminho de Pastoral da Juventude. Perceber nossas dificuldades na caminhada e plantar nossa esperança para a Civilização do Amor. Em silêncio, vamos nos lembrar dos nossos propósitos pastorais, dos nossos anseios.
(Depois de um instante de silêncio, faz-se a motivação para a caminhada)

Motivação para a caminhada: Leitura de Ex 3, 2-6:


Fazer a ressonância da palavra e motivar as pessoas a tirarem os sapatos e seguirem em caminhada, na penumbra e descalças.

Vamos rezar o canto “Vejam, Eu andei pelas vilas”.




Vejam: Eu andei pelas vilas, apontei as saídas como o Pai me pediu
Portas eu cheguei para abri-las, eu curei as feridas como nunca se viu.
Por onde formos também nós que brilhe a tua luz
Fala, Senhor, na nossa voz, em nossa vida
Nosso caminho então conduz, queremos ser assim
Que o pão da vida nos revigore em nosso 'sim'

1ª Parada - Caminhada pessoal: Fazer a leitura de Jeremias 1,4-10:
Motivar para que cada um recorde e partilhe momentos onde Deus se fez presente em nossa vida de maneira a nos motivar e continuar a caminhar.

Vejam: Procurei bem aqueles que ninguém procurava e falei de meu Pai
Pobres, a esperança que é deles eu não quis ver escrava de um poder que retrai
Por onde formos também nós que brilhe a tua luz
Fala, Senhor, na nossa voz, em nossa vida
Nosso caminho então conduz, queremos ser assim
Que o pão da vida nos revigore em nosso 'sim'

2ª Parada – Caminhada no grupo: Fazer a leitura de 1 Coríntios 12, 4-7.12:
Pedir para que sejam formados pequenos grupos, para um cochicho sobre as dificuldades que encontramos no trabalho em nossas dioceses.

Vejam: Semeei consciência nos caminhos do povo, pois o Pai quer assim
Tramas, enfrentei prepotência dos que temem o novo, qual perigo sem fim
Por onde formos também nós que brilhe a tua luz
Fala, Senhor, na nossa voz, em nossa vida
Nosso caminho então conduz, queremos ser assim
Que o pão da vida nos revigore em nosso 'sim'


3ª Parada – Caminhada na sociedade: Fazer a leitura de João 6, 64-69:
Motivar a reflexão sobre: o que mais dificulta nosso trabalho com a juventude? Quando temos que atuar junto à realidade juvenil, o que nos impede de concretizar as propostas de trabalho? O que impede a juventude de participar da vida de grupo, da Igreja como um todo?



Vejam: Eu quebrei as algemas, levantei os caídos, do meu Pai fui as mãos
Laços, recusei os esquemas, Eu não quero oprimidos, quero um povo de irmãos
Por onde formos também nós que brilhe a tua luz
Fala, Senhor, na nossa voz, em nossa vida
Nosso caminho então conduz, queremos ser assim
Que o pão da vida nos revigore em nosso 'sim'


Concluir a caminhada até o espaço preparado para a reflexão das perguntas que seguem.

- “Que o pão da vida nos revigore em nosso ‘sim’”: como entendemos o sim que damos ao Mestre?
- “Vejam: Procurei bem aqueles que ninguém procurava e falei de meu Pai”: quem são os jovens que ninguém procura hoje em dia?
- “Tramas, enfrentei prepotência dos que temem o novo, qual perigo sem fim”: quem são aqueles que temem o novo? Que novo temos a oferecer?
- “Laços, recusei os esquemas, Eu não quero oprimidos, quero um povo de irmãos”: de que forma a partilha do pão pode ajudar na construção de um povo de irmãos e irmãs? Que pão temos a oferecer?

Cântico evangélico da vigília

Deus nos envia
(O grupo é convidado a sentar-se em círculo rodeando o pão a ser partilhado. É interessante a utilização de um único pão que seja suficiente para todos os membros do grupo)
Somos convidados e convidadas a partilhar o pão. Ele é nosso alimento de vida, antes de partirmos para a missão. Assim como na Ceia derradeira, Jesus nos oferece o Pão da Vida e nos pede que o façamos em sua memória. Convidamos a todos para refletir, à luz de nossa reunião, quais são os lugares para onde devemos ir após nossa ceia final.
(Provocar o grupo a refletir quais são os chãos a serem trilhados e as pessoas a serem procuradas)

Mantra: “Onde reina o amor, fraterno amor, onde reina o amor, Deus aí está”.


BÊNÇÃO DO PÃO (DOS ALIMENTOS)
Pedro Casaldáliga – Orações da Caminhada, pág. 100
Deus de toda vida, Único Senhor da terra, Pai-Mãe da família humana! Tu nos queres vivendo em irmandade, sem medo e sem violência, sem egoísmo e sem corrupção: na justiça, na solidariedade, no amor! Abençoa este pão, fruto da Terra-Mãe e arte de nossas mãos! Reacende a chama da nossa utopia! Fortalece nossa marcha para a Terra Prometida da reforma agrária, do trabalho com dignidade, da democracia real! Pelo pranto, pelos sonhos, pela luta e pelo sangue dos irmãos e irmãs que nos precedem e acompanham. Por teu Filho, Jesus, o Libertador. Sempre na procura do teu Reino. Amém, Axé, Awerê, Aleluia!

Vamos partilhar o pão fazendo memória daqueles e daquelas jovens mais sofridos e marginalizados. Onde mora o Mestre? É na partilha que nos o reconhecemos. E é junto dos jovens oprimidos que o encontramos. (Cada jovem deve comer seu pedaço de pão e fazer memória de algum grupo e/ou pessoa que queira trazer para o momento orante. Ex: partilho este pão com os jovens que sofrem com a “violência”...)

Canto: Pai Nosso dos Mártires

Preces espontâneas: Motivar para pedir que Deus abençoe os nossos projetos, os nossos sonhos, nossas utopias.

Bênção: Pedimos ao bom Deus que nos abençoe com a coragem do amor e ousadia dos discípulos e discípulas. Amém! Axé! Awerê! Aleluia!

Canto final: O Profeta


Saideira: Vamos juntos gritar, girar o mundo. “Chega de violência e extermínio de jovens”

Fábio Rodrigues
Coordenação Diocesana das Pastorais da Juventude
Microrregião de Canoinhas - Paróquia Santa Cruz

quarta-feira, 4 de março de 2015

Em Terras Manauaras - Parte 4

Este é o relato de Edilson Ferreira, delegado no 11° Encontro Nacional da Pastoral da Juventude pela Diocese de Caçador. Atualmente Edilson mora em Florianópolis, pois está cursando Teologia, ele é seminarista da Diocese e faz parte da Comissão Diocesana de Assessores da Pastoral da Juventude. 

"Mestre onde moras? Vinde e vede!"
Jo 1, 38b-39a


Centenas de jovens de todo o Brasil estiveram reunidos em Manaus/Am, do dia 18 a 25 de janeiro para celebrar o 11° Encontro Nacional da Pastoral da Juventude (ENPJ). Momento de recordar, viver, conviver, sonhar, construir e celebrar juntos a caminhada da Pastoral da Juventude (PJ) nos diversos lugares do nosso rico chão brasileiro. A primeira coisa a se mencionar é a emoção e ansiedade que sentíamos já meses antes do encontro, podemos dizer que oficialmente nossa jornada iniciou com a missa de envio celebrada na Diocese de Joinville, onde tivemos a oportunidade de rever alguns companheir@s já conhecidos da nossa caminhada e outros tantos nov@s.
Em Joinville fomos convidados a realmente mergulhar na experiência do encontro das águas na Igreja da Amazônia, mas mergulhar não com roupas de mergulho, pois ao voltarmos à tona tiramos a roupa de mergulho e nos encontramos secos, assim fomos chamados a estarmos de coração aberto para bebermos da água da vida manauara e mergulharmos bem fundo no seu jeito de ser Igreja para sairmos completamente encharcados com o ardor do chamado que nos faz o mestre.
Saímos do aeroporto de Joinville com escala em São Paulo para assim finalmente chegarmos as terras manauaras. Para muitos de nós a viagem de avião rendeu muitas emoções, mas nem se comparou com a calorosa recepção que recebemos d@s PJoteir@s que nos esperavam madrugada a dentro no aeroporto. Depois desta acolhida fomos direcionados a Faculdade La Salle, onde alguns de nós hospedaram-se na primeira noite. Ao amanhecer já podíamos ver a beleza de todas as partes do Brasil, as cores, os sotaques, as gírias, as diversidades dos nossos jovens, da nossa PJ, enfim da beleza da nossa Igreja.
O primeiro dia em Manaus foi para conhecermos o espaço onde nos encontrávamos e para fazer o cadastramento, após quem havia dormido na faculdade foi enviado as suas respectivas famílias que os acolheriam. Ao fim do dia, no Anfiteatro da Ponta Negra, iniciamos o 11° ENPJ com a Santa Missa presidida pelo arcebispo Dom Sérgio Castriani, que acolheu aos delegados dizendo: "Nós viemos de todas as partes do Brasil porque somos seguidores de Jesus Cristo, nosso Mestre", Dom Eduardo Pinheiro da Silva, presidente da comissão episcopal pastoral para a juventude da CNBB, que concelebrou, acentuou em sua homilia "O apelo de Jesus aos discípulos de segmento é o mesmo que se faz a PJ hoje".
Na segunda-feira dia 19 nos reunimos novamente na faculdade, onde aconteciam grande parte das atividades, lá fomos envolvidos por uma mística muito forte, oração, danças, e tantos outros aspectos marcantes da cultura amazônica, recordamos a celebração do 10°ENPJ em Maringá/PR e acolhemos os símbolos do 11°ENPJ. A cada momento ficávamos mais arrepiados, a emoção de estar
ali, vivendo e sentindo toda aquela vibração que brotava da caminhada, da vivência de cada regional e que culminava no grande encontro da partilha e na certeza da missão.
Não bastasse já a alegria de estarmos reunidos na "Grande Tapera da Igreja Amazônica ", ouvimos a fala de Dom Vilson Basso, que afirmou; " a PJ é a maior escola de formação de lideranças da Igreja do Brasil", não tenho como descrever a alegria e o contentamento que sentiram todos os delegados pelo reconhecimento do trabalho da PJ.
Terça-feira, dia 20, foi o dia de colocarmos em prática o convite de Jesus, "vinde e vede", fomos ao encontro, em missão. Saímos com mais de 600 jovens para as diversas realidades de Manaus (urbana, periferia, ribeirinha, indígena e rural), nos colocando à procura do Mestre na realidade daquele chão, no rosto e na vida de cada pessoa.
Na quarta-feira, dia 21, aconteceu a "Festa dos Povos", onde conhecemos mais um pouco da cultura
de nosso país, o mosaico de cores, ritmos, histórias e sabores. Nossa delegação relembrou os 100 anos do Contestado e mais os 30 anos da caminhada da PJ em nosso estado.
A quinta-feira, dia 22, foi reservada para conhecermos os pontos culturais de Manaus. De manhã fomos todos ao "Encontro das Águas" do Rio Negro com o Solimões. Neste dia tivemos a oportunidade de conhecer as histórias locais, as lendas e contos folclóricos, e também de nos aprofundarmos na mística do encontro com o mestre no contato com a beleza da natureza.
Na sexta-feira, tivemos a mesa de debate sobre os caminhos alternativos para os grupos de base e também participamos de oficinas. 
No sábado vivemos a experiência da Romaria dos Mártires da Caminhada, onde recordamos aqueles que  morreram defendendo a vida e lutando contra as injustiças. Aí já não tinha mais como segurar a grande emoção estampada no rosto de cada delegado em marcha, recordando, vivendo e fazendo da vida  missão, com o passo firme anunciando um Deus que é irmão. Encerramos o dia com a apresentação musica de Manuel Nerys, compositor do hino do 11° ENPJ e também com a cantora Márcia Siqueira.
Domingo, já com o coração apertado, participamos da celebração de encerramento e finalizamos com a mobilização como um ato pela Reforma Política. 
Em cada dia do ENPJ, nos vários momentos de oração, na partilha de vida, nos debates sobre diversos temas do cotidiano da vida da Igreja e da Juventude, na realização das oficinas, em nossa
visita missionária, nas apresentações artísticas e culturais, no encontro com o povo amazonense experimentamos o encontro com o Senhor. Pois nos atrevemos a perguntar "Mestre onde moras?", e Ele durante todo o encontro nos respondeu, e nos deu a alegria de aceitar seu convite, "Vinde e Vede!". O chamado que recebemos de Jesus nos levou a redescobri-lo e ter certeza que devemos permanecer junto d'Ele, na nossa vida, na nossa realidade, no meio do povo, não importando os desafios, devemos reconhecê-lo no rosto de cada irmão e irmã sem preconceito ou distinção.
O que vivemos no 11° ENPJ, é o que o Mestre pede de cada um de nós em nossa casa, família, comunidades e grupos de base. Que tenhamos a ousadia de perguntar "Mestre onde moras?" e colocar-se de coração puro, humilde e sincero, com coragem e determinação para responder ao chamado e ir ao encontro d'Ele, sendo cada vez mais seguidores autênticos, não só na fala, mas na vida. Sendo profetas  anunciadores do Cristo Jesus Salvador e Libertador. 
Não tenhamos medo de ser jovens, não tenhamos medo de ser PJ, assumamos o convite de Jesus para ir ao seu encontro e tenhamos a coragem de ser profetas da esperança, amantes da utopia e construtores da Civilização do Amor, assim como nos pede o Papa Francisco. 

VEM JUVENTUDE .... trabalhar, lutar, sonhar! ... viver a profecia e construir a CIVILIZAÇÃO DO AMOR!!!
Amém, Axé, Awerê, Aleluia!

segunda-feira, 2 de março de 2015

CDPJs e CDAPJs se reúnem em Salto Veloso para 1ª reunião do ano


Neste fim de semana, 28 de fevereiro e 1º de março, a Coordenação Diocesana das Pastorais da Juventude (CDPJs) e assessores da Comissão Diocesana de Assessores das Pastorais da Juventude (CDAPJs) se encontraram na Paróquia Santa Juliana, de Salto Veloso, para a primeira reunião do ano.
A coordenação refletiu à luz da mensagem do instrumental para a 12ª Assembleia Regional da Pastoral da Juventude (ARPJ) – que acontece de 4 a 7 de junho, em Blumenau – e pede que cuidemos da nossa fonte, a partir da passagem bíblica da samaritana (João 4, 1-42).


A CDPJs e CDAPJs estudaram ainda o documento 85, sobre a evangelização da juventude, para, depois, planejarem as atividades pastorais para o ano de 2015. Os destaques do calendário das PJs deste ano são a Pós-missão Regional, em Caçador, o retorno da Escola Diocesana da Juventude (Edijuv) e a celebração dos 30 anos das PJs na Diocese de Caçador.

Fábio Rodrigues
Coordenação Diocesana das Pastorais da Juventude
Microrregião de Canoinhas - Paróquia Santa Cruz